Sbírka esejů se zastřešujícím názvem Chaos a nádhera, mapující především portugalské reálie. Jednotlivá témata jsou zpracována, na portugalského melancholického a patetického ducha, s velkou dávkou nadhledu a často ironie.
Eduardo Lourenço Knihy
Tento autor se proslavil svým hlubokým zkoumáním lidské existence a složitostí moderního života. Jeho psaní, často zasazené do intelektuálního prostředí, se vyznačuje precizním jazykem a pronikavými postřehy o povaze vědomí a společnosti. Prostřednictvím svých děl zve čtenáře k zamyšlení nad filosofickými otázkami a k pochopení nuancí lidského údělu. Jeho styl, který propojuje akademickou přísnost s literární elegancí, zanechal nesmazatelnou stopu v literárním světě.




Provides a translation that appeared in 1992 from Menard Press/King's College London. This edition features Helder Macedo's introduction and also contains a foreword by Anthony Rudolf, the translator's literary executor, and publisher of Menard Press.
Do Brasil. Fascínio e miragem
- 269 stránek
- 10 hodin čtení
Colecção «Obras de Eduardo Lourenço»O Brasil, na sua unicidade, é plural. Assim é este novo livro, em que habita o ensaio, a carta, o diário, o discurso, a entrevista. E onde o autor percorre temas como a filosofia, o ensino, a literatura, o cinema, bem como as relações entre Brasil e Portugal. Os textos, parte deles inéditos, situados entre 1945 e 2012, acolhem uma visão conhecedora de quem pensa há várias décadas aquele imenso país que o mar juntou à história de Portugal. «Pensar o Brasil, a imensidão do seu espaço, permite pensar o ser português [...]», refere, no Prefácio, Maria de Lourdes Soares, organizadora deste volume. Quando fala dos outros, é também a nós que se refere. A colecção «Obras de Eduardo Lourenço», que a Gradiva tem vindo a editar em estreita colaboração com o autor, continuará a crescer este ano. Navegar pelo Brasil com este novo livro é, por certo, um bom início de viagem.
Do colonialismo como nosso impensado
- 348 stránek
- 13 hodin čtení
«Deste naufrágio de uma raça toda a gente se lembra, excepto os portugueses. Das epopeias que perduram neste país tão folclórico nem uma página o relembra. A História trágico-marítima é a dos portugueses devorados pelo mar e pelos autóctones. Este espantoso silêncio esconde a aventura colonial, a mais pura de toda a história. Tão pura que hesitamos chamá-la colonialista. E, no entanto, ela é certamente uma entre outras, a primeira e a última ainda de pé, sob a indiferença dos trópicos e o esquecimento do mundo. Este esquecimento faz-nos pensar, mas explica-se. Portugal não foi o único país a deixar-se esquecer desta maneira. No tempo das Grandes Descobertas a importância cósmica desta aventura escondia aos olhos da Europa o colonialismo nascente. Mais tarde, a mesma Europa teve também demasiado interesse em esconder, em conjunto, este colonialismo.»